terça-feira, 29 de maio de 2007

Estudantes de Letras / Moção de Apoio - USP


"É com a união, ideais, vontade e atitude que nós poderemos e iremos mudar a nossa realidade, a realidade da nossa educação, tão maltratada, e o nosso país, tão pouco levado a sério, onde seu povo grita constantemente por mudanças e respeito aos direitos sociais e políticos violados, por quem tem armas de fogo, dinheiro, poder do que idéias, substância, humanidade."



Nós Estudantes de Letras de todo o Brasil, representados pela Executiva Nacional dos Estudantes de Letras - ExNEL, pelos Centros e Diretórios Acadêmicos de Letras e Diretórios Centrais dos Estudantes, desprezamos categoricamente qualquer tipo de repressão, seja ela policial, jurídica, política, ou "midiática" ao movimento estudantil ou a qualquer movimento social.

Defendemos a liberdade de manifestação política por acreditar que esta é fundamental para a consolidação da Democracia.

Nós que lidamos com as dificuldades pela luta dos nossos direitos e ideais cotidianamente, prestamos por meio desta solidariedade à Ocupação da Reitoria da USP, por entendermos que os estudantes e funcionários da USP têm a total legitimidade de lutar pelo Ensino Superior Público, Gratuito de Qualidade e contra esta nefasta Reforma Universitária que vêm sendo implementada pelo Governo Lula, resultando no fruto de uma visão estreita, com o único objetivo de abrir cada vez mais o mercado da educação superior em detrimento da universidade pública, gratuíta e de qualidade.

Esta nota não é somente um ato simbólico de apoio a uma manifestação Política, é também um Grito que urge pela Resistência dos que lutam por um Ensino Superior de Qualidade, que inclua a sociedade no debate de uma nova realidade menos desigual e com igualdade de oportunidade para o desenvolvimento de toda a sociedade.

Executiva Nacional dos Estudantes de Letras – ExNEL

Centro Acadêmico de Letras – Universidade de Brasília / CALET UnB
Centro Acadêmico de Letras 06 de Outubro – Universidade Federal do Rio de Janeiro / CALET UFRJ
Centro Acadêmico de Letras Português – Universidade Estadual do Piauí / CALEP UESPI
Centro Acadêmico de Letras – Universidade Federal do Paraná / CAL UFPR
Centro Acadêmico de Letras Macunaíma – Universidade Federal de Alagoas / CALET UFAL
Centro Acadêmico de Letras – Universidade Católica de Brasília / CAL UCB
Centro Acadêmico de Letras - Universidade Estadual da Paraíba / CAL UEPB
Diretório Acadêmico de Letras - Universidade Estadual de Feira de Santana / CAL UEFS


Diretório Central dos Estudantes - Universidade Estadual de Feira de Santa / DCE UEFS

Diretório Central dos Estudantes – Universidade Federal do Paraná / DCE UFPR
Diretório Central dos Estudantes – Universidade do Estado da Bahia /DCE UNEB

As demais entidades representativas do Movimento Estudantil de Letras que desejarem assinar a moção de apoio, entrem em contato: comunicao@exnel.org.br



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quarta-feira, 23 de maio de 2007

PAROLAGEM DA VIDA

Como a vida muda.
Como a vida é muda.
Como a vida é nada.
Como a vida é nada.
Como a vida é tudo.
Tudo que se perde mesmo sem ter ganho.
Como a vida é senha
de outra vida nova
que envelhece antes de romper o novo.
Como a vida é outra sempre outra,
outra não a que é vivida.
Como a vida é vida
ainda quando morte esculpida em vida.
Como a vida é forte em suas algemas.
Como dói a vida quando tira a veste de prata celeste.
Como a vida é isto misturado àquilo.
Como a vida é bela sendo uma pantera de garra quebrada.
Como a vida é louca estúpida,
mouca e no entanto chama a torrar-se em chama.
Como a vida chora de saber que é vida
e nunca nunca nunca leva a sério o homem, esse lobisomem.
Como a vida ri a cada manhã de seu próprio absurdo
e a cada momento dá de novo a todos uma prenda estranha.
Como a vida joga de paz e de guerra povoando a terra de leis e fantasmas. Como a vida toca seu gasto realejo fazendo da valsa um puro Vivaldi.
Como a vida vale mais que a própria vida
sempre renascida em flor e formiga
em seixo rolado peito desolado coração amante.
E como se salva a uma só palavra
escrita no sangue desde o nascimento:
amor, vidamor!

Carlos Drummond de Andrade

"Um pouco de desejo e esperança de dias melhores,
apesar de tanta hora errada, atraso e
do momento que não chega."

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segunda-feira, 21 de maio de 2007

POEMINHA AMOROSO


Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo...

Cora Coralina.

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"Em tempos de tanta desconfiança, de desrespeitos aqui e ali

com o diferente, com o singular, com o mesmo.
De pouca importância com os sentimentos dos outros, nossos mesmo.
Com a correria e preocupações diárias
a gente perde muita coisa,
a vida simples,
um livro na mesa, um suco no copo, idéias na cabeça,
e um mundo todo acontecendo dentro da gente.
Um poema bem simples, que deveria estar escrito nos muros,
nas capas de caderno, nas roupas das meninas, nas camisas dos meninos,
para que todo mundo lesse, soubesse, vivesse."


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segunda-feira, 14 de maio de 2007

Entre a voz e o silêncio: você


Dos seus olhos

escorrem minhas lágrimas

que me impedem de sentir

a poesia engasgada

na sua garganta.

O silêncio do meu rosto

vermelho e molhado

não diz nada...

e diz tudo

que não consigo dizer.

E mesmo a voz de veludo

que reverbera em sua boca

é incapaz de resistir ao meu silêncio.

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